Num cenário em que estão na ordem do dia o preconceito e o bulling,
mostra-se relevante o conflito de opiniões provocado por expressões
verbais em português na variedade brasileira — presentes em livro
didático destinado ao EJA — classificadas como “erros” e interpretadas descontextualizadamente. É hora de rever e reajustar posições.
É,
no mínimo, espantosa a enxurrada de manifestações, açodadas umas,
levianas outras, acerca de uma atitude — apoiada no sociovariacionismo —
cuja estratégia didática tem por meta encorajar os falantes a
enfrentar a riqueza da língua portuguesa, sem que se sintam
estigmatizados por sua fala diferente e decorrente da moldura
sociocultural em que se insere.
Como
Professora de Português e Linguista Aplicada a um só tempo, não posso
deixar de pronunciar-me. Há muito que os membros do grupo de pesquisa que lidero — o SELEPROT, vem-se empenhando na produção teórico prática de subsídios para uma aula de português, de fato, eficiente. Por isso, enquadramo-nos na perspectiva sociovariacionista, quando nos ocupamos da percepção e descrição das variedades regionais e sociais hodiernas (ao falante comum interessa a descrição sincrônica) com que o docente deverá lidar em sua prática cotidiana. Por isso, vimos desenvolvendo um trabalho substancioso com letras de música brasileira (entre outros gêneros), por meio das quais é possível documentar a riqueza de nossas falas, as quais são representação icônica da pluralidade e da mestiçagem do povo brasileiro.
Para ler a matéria na íntegra, acesse o blog da professora 'Darcília Simões':
http://darciliasimoes.blogspot.com/p/opiniao.html
0 comentários:
Postar um comentário