Se ligue nos eventos, professor!

(SP) Curso de Especialização em Ética, Valores e Saúde na Escola

Curso de Especialização em Ética, Valores e Saúde na Escola
  • Objetivo: Oferecer elementos aos profissionais da educação para que promovam no cotidiano das escolas ações de formação ética, que visem à cidadania e ao respeito da diversidade humana, com foco em temáticas de saúde.
  • Curso semipresencial em convênio com a USP.
  • Inscrições abertas até o dia 21 de junho no site da Fuvest.
  • Público-alvo: graduados em curso superior.
  • Vagas: 350, com turmas em São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto e São Carlos.
  • Duração do curso: 15 meses.




Pós-graduação da Univesp usa novas tecnologias para tematizar ética e saúde na escola

Fabrício Oliveira 

Com processo seletivo marcado para 18 de julho, o novo curso de pós-graduação Ética, Valores e Saúde na Escola busca trazer conhecimentos inovadores sobre saúde para professores do estado de São Paulo, e apontar novos horizontes para a educação. Ao juntar encontros presenciais em torno de projetos de pesquisa com a utilização de recursos tecnológicos de uso corrente, a especialização pretende mostrar como novas linguagens multimídia e tecnologias digitais podem ser aliadas do ensino presencial, ajudando a vencer barreiras e preconceitos sobre a educação semi-presencial.

Inserida no projeto Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), da Secretaria de Ensino Superior do Estado de São Paulo, a iniciativa é promovida pelo Núcleo de Apoio Social, Cultural e Educacional (Nasce) da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, e vinculado à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP. O curso foi aprovado no Conselho de Cultura e Extensão Universitária da USP no ano de 2008 e aguardava o convênio da Universidade com o programa Univesp, firmado em março deste ano, para ser iniciado. O professor Ulisses Araújo, pedagogo e coordenador do Nasce, diz que esta pós-graduação pode apontar caminhos para outros cursos implementarem novas tecnologias nas relações de ensino e aprendizagem.

Um dos objetivos é fazer com que profissionais de educação estejam aptos a detectarem algumas disfunções neurológicas que afligem grande parte dos alunos do ensino fundamental e médio, e aprendam a trabalhar essas questões na sala de aula por meio de projetos transversais e interdisciplinares. Tais problemas causam muito preconceito e criam estigma nas escolas. Nós precisamos levar o conhecimento para diminuir o estigma e o preconceito contra pessoas que sofrem esse tipo de enfermidade, comenta Ulisses.

O professor ainda observa que, geralmente, a abordagem dada nas escolas em relação a um estudante que possui qualquer disfunção neurológica é o encaminhamento para um especialista, o que não combate o problema do preconceito contra esses alunos. A escola precisa enfrentar isso e entender que o normal na sociedade é a diferença entre as pessoas. E isso se faz por meio de construção de valores calcados em princípios de ética.

Estrutura
O curso é estruturado no sistema da Aprendizagem Baseada em Problemas e Projeto (ABPP). Organizados em turmas de 12 alunos, eles terão um encontro presencial semanal de quatro horas, quando, sob orientação de professores- tutores, desenvolverão projetos coletivos e cooperativos. Cada projeto terá duração de dois meses. Em grupos de seis alunos, nesse período, deverão problematizar algum aspecto da realidade de suas escolas, envolvendo temáticas de ética e de saúde.

"Por meio de estudos e pesquisas sistematizadas em metodologias científicas, buscarão respostas e soluções para os problemas da realidade cotidiana de suas escolas. O projeto é concluído com a socialização dos problemas e soluções estudadas por todos os grupos", explica o docente. Ulisses observa ainda que no sistema de ABP o conhecimento é trabalhado presencialmente e empregando mídias digitais e virtuais em grupo, por meio de projetos de pesquisa. "Os alunos aprendem a problematizar a realidade das escolas onde trabalham e, ao se formarem, pretendemos que estejam aptos a detectar problemas que eles enfrentam cotidianamente, e a trabalhá-los pautados em metodologias científicas".

São 350 vagas distribuídas em quatro campi da USP  e também na Unicamp. Na inscrição, o candidato indicará somente um local para cursar as atividades presenciais obrigatórias, podendo optar por até dois horários diferentes dentre os disponíveis, designando-os como primeira e segunda opções para efeitos de matrícula. O curso terá 15 meses de duração e carga horária de 480 horas, sendo 360 horas de atividades didáticas e 120 horas para elaboração de monografia.

Novas tecnologias
Entre as mídias digitais utilizadas estão a internet, a televisão digital, vídeo-aulas, redes sociais, livros e revistas científicas. Nós evitamos a simplificação do conhecimento que muitas vezes caracteriza o uso da internet, por exemplo. Queremos que as pessoas usem as bibliotecas da Universidade, ao mesmo tempo em que aprendam a buscar conhecimento em publicações online de natureza científica. O curso tem uma configuração que traz outras linguagens para dentro de um contexto de projetos de pesquisa", ressalta o professor.

Para Ulisses, alguns setores da sociedade ainda são resistentes ao formato semi-presencial de cursos em razão de uma concepção de que o professor é, de certo modo, o dono do conhecimento e compete a ele a sua transmissão. Essa situação começa a mudar, pois está cada vez mais claro para as pessoas que o conhecimento não está só  no professor, mas em muitos outros lugares. Assim, torna-se importante que os alunos passem a ser sujeitos da aprendizagem, e aprendam a buscar informações, conhecimentos, e a problematizar a realidade.

Ele ainda observa que hoje é impossível negar a presença e a importância de mídias digitais nas relações  das pessoas com a sociedade. A educação deve valer-se cada vez mais de tais avanços tecnológicos, que podem ser vistos como instrumentos benéficos para a educação.  Por isso, saber organizar e sistematizar a busca por conhecimento nesse novo contexto é algo que deve ser aprimorado e levado para as salas de aula. Nós não vamos criar um programa em que simplesmente colocamos o conhecimento à disposição dos alunos via internet e depois disso os alunos realizam uma prova. Estamos montando um curso em que as interações entre alunos e professores serão muito mais ricas, dinâmicas, envolvendo tanto contato presencial quanto virtual, completa.

Serviço
As inscrições para o curso de pós-graduação Ética, Valores e Saúde na Escola devem ser feitas pelo site da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), até o dia 21 de junho. A taxa de inscrição é de R$ 50,00, e o curso é gratuito.

O candidato deve ser portador de diploma de ensino superior e, também, ser professor ou coordenador pedagógico ou vice-diretor ou diretor em instituição de educação infantil, de ensino fundamental, médio ou profissional no estado de São Paulo, no exercício da profissão.

A prova acontece no dia 18 de julho e consiste numa redação. Confira o edital completo no site da Fuvest.

Para interessados:
 
Edital completo disponível em: www.fuvest.br/ outros/univesp20 11/ii012011. html
 
             USP Online, 6 jun. 2010.

0 comentários:

Postar um comentário

Eventos

Eventos Acadêmicos - Por Feeds

O piso é lei!

O piso é lei!

Seguidores