(SP) IX Seminário de Metodologia de Ensino de Língua Portuguesa: Linguagens e culturas no ensino de língua e na formação do professor

Local: Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo – Avenida da Universidade, 308, Cidade Universitária, São Paulo, SP.
Site: http://www2.fe.usp.br/~lalec/smelp2010/index.html

Em tempos de prestígio da mídia digital como uma das tecnologias da interação (TARDIF & LESSARD, 2005) com presença cada vez mais significativa nas práticas escolares, com a possibilidade de se ter, no espaço da sala de aula, um computador por aluno, parece estarem dadas condições conjunturais renovadas para refletir sobre como diferentes linguagens e culturas se configuram nas práticas de ensino e na formação do professor de português.

O pano de fundo para pensar esse processo é a concepção de linguagem como prática social e de escola como “forma híbrida” (v. TARDIF & LESSARD, 2005, p. 100), agência cuja função é garantir e incrementar modos de circulação e de acesso à produção cultural destinada à formação das crianças e dos jovens, tarefa complexa considerando-se as práticas de linguagem de comunidades de grandes centros urbanos, como São Paulo.

O IX Seminário de Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa (IX SEMELP), a ser realizado no período de 29 a 30 de setembro de 2010, propõe abrir um espaço para a discussão sobre como linguagens e repertórios culturais são (e podem ser) incorporados no currículo da formação docente e no currículo do cotidiano das práticas de ensino de língua, com base nas seguintes questões:

• 
  
  
  como lidar com a tensão entre conteúdos tradicionais e cultura contemporânea, incluindo as novas tecnologias?
• 
  
  
  quais os desafios didáticos que as diferentes linguagens e os múltiplos repertórios culturais colocam para a sala de aula de língua portuguesa, bem como para os demais espaços em que as práticas escolares ocorrem, como a Biblioteca Escolar ou Sala de Leitura e o Laboratório de Informática?
• 
  
  
  qual a formação inicial possível para incorporar as diferentes linguagens e os múltiplos repertórios culturais ?
• 
  
  
  como contemplar os desafios mencionados na prática do estágio em docência?

Com base no propósito geral e nessas questões, são objetivos do IX SMELP:

1. 
   
   
   Difundir novas abordagens e perspectivas oriundas da pesquisa universitária, das atividades dos estagiários e das experiências de ensino;
2. 
   
   
   Apresentar e discutir resultados de pesquisas e de novas experiências no campo da Metodologia de Ensino de Língua Portuguesa;
3. 
   
   
   Identificar e ampliar possibilidades de cooperação entre a universidade e a escola básica no que tange ao ensino de Língua Portuguesa;
4. 
   
   
   Promover o intercâmbio entre professores do ensino fundamental, médio e superior e de estudantes;
5. 
   
   
   Discutir novas demandas e novas perspectivas de abordagens para o ensino de Língua Portuguesa, Literatura e Lingüística.
6. Propor novas reflexões sobre formação inicial e contínua de professores de Língua Portuguesa;
7. 
   
   
   Refletir sobre a conjuntura atual mais ampla na qual ensinamos a Língua Portuguesa, mapeando o estado da arte do ensino de Língua Portuguesa, efetivamente praticado no Brasil, em especial no que diz respeito à organização do espaço e do tempo da aula de língua materna;
8. 
   
   
   Refletir sobre o que significa produzir conhecimento e fazer pesquisa na área de metodologia de ensino de Língua Portuguesa de modo a fortalecer a reflexão sobre a formação de professores de Língua Portuguesa que se faz nas Universidades, enfatizando a docência, a pesquisa e a extensão;
9. 
   
   
   Questionar o conceito de Metodologia de ensino de Língua Portuguesa e, conseqüentemente, discutir as especificidades do trabalho de “ensinar” uma língua materna para falantes nativos;
10. 
    
    
    Discutir sobre em que medida “a metodologia de ensino” de língua materna se apropria dos conhecimentos produzidos em outras áreas (Lingüística, Lingüística Aplicada, Teoria e Crítica Literárias etc.) de modo a produzir suas especificidades;
11. 
    
    
    Promover a socialização dos trabalhos dos alunos resultantes de seus estágios; e
12. 
    
    
    Identificar e ampliar possibilidades de cooperação entre as universidades brasileiras