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(PR) I Seminário Internacional de Estudos da Linguagem

Tema: Políticas Linguísticas: diálogos, identidades e fronteiras.

O tema proposto para o I Seminário Internacional de Estudos da Linguagem (VI Regional e III Nacional) tem por titulo Políticas Linguísticas: diálogos, identidades e Fronteiras e gira em torno das políticas produzidas, nos últimos anos, no Brasil sobre as identidades linguísticas e culturais.
A intervenção do homem na língua ou nas situações linguísticas não é novidade: sempre houve indivíduos tentando legislar, ditar o uso correto, o bem falar ou intervir em sua forma. De igual modo, o poder político sempre privilegiou essa ou aquela língua, escolhendo governar o Estado numa língua ou impor à maioria a língua de uma minoria.
Diante dessa questão, silencia-se como o assunto veio a ser considerado digno de estudo acadêmico. Além disso, ao colocar no mesmo grupo atividades como “legislar, ditar o uso correto, o bem falar ou intervir na forma da língua”, pode produzir a impressão de que legislar e intervir na língua são tão objetáveis quanto ditar o uso correto, que, vale a pena lembrar, por muito tempo serviu como principal queixa dos linguistas contra os assim chamados gramáticos tradicionais.
Em dezembro de 1990, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi assinado pelos seguintes países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. Em setembro de 2008, aqui no Brasil, o decreto no. 6.583 determinou a vigência desse acordo a partir de janeiro de 2009, levando em conta as modificações ocorridas durante as reuniões de 1998 e de 2004.
O início de sua efetivação, de fato, como prática escolar e editorial só veio ocorrer em 2010. Foram, portanto, 20 anos de amadurecimento.
No Brasil, há cerca de 200 línguas. Comparado com o continente africano, o caso é menos grave. Mas, mesmo assim, a maior parte delas está morrendo. E quando uma língua morre, morre muita coisa junto. Relatos históricos, taxonomias de flora e fauna, categorizações comportamentais e relacionais, tradições alimentares e simbólicas, poesias, músicas, expressões e histórias; tudo isso acaba. E essa morte é lenta e sofrida para quem dela participa.
É a partir dessas situações que nos propusemos a pensar as políticas linguísticas.

REALIZAÇÃO: 14 A 16 DE MAIO DE 2012
Universidade Estadual do Oeste do Paraná/UNIOESTE
Campus Cascavel – PR

http://www.snel.tmp.br/home/

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