O Espelho Tem Duas Faces (The Mirror Has Two Faces) - 1996

  

"The question is, why do we buy it?
Because, myth or manipulation, we all want to fall in love.
That experience makes us feel completely alive.
Our everyday reality is shattered, and we are flung into the heaven.
lt may only last a moment, an hour, but that doesn't diminish its value.
We're left with memories we treasure for the rest of our lives.
l read, ''When we fall in love, we hear Puccini in our heads.''
l love that. His music expresses our need for passion and romantic love.
We listen to La Bóheme or Turandot, or read Wuthering Heights, - or watch Casablanca, and a little of that love lives in us too.
So the final question is: Why do people want to fall in love -
- when it can have such a short run and be so painful?"


      O ser humano tem a péssima mania de se deixar levar primeiramente pela aparência do outro e só depois de certo tempo, de levar em conta sua essência. Superficialmente falando, é de tal questão que se trata o filme citado: a valorização do corpo (sexo) versus espírito (conteúdo). 

   Tudo se inicia quando o professor universitário de matemática Gregory Larkin, cansado de seus relacionamentos volúveis e sexuais, resolve - como última tentativa desesperada - colocar um anúncio de relacionamento no jornal. Ao avaliar as candidatas que lhe escreveram, ele nota uma mulher em especial, que inclusive, é professora universitária de Literatura; a partir daí, ele começa a tentar contato e conhecê-la melhor: assiste a uma aula dela – pela qual, fica estupefato pelo domínio da atenção que ela possui enquanto leciona -, liga para ela e faz convites para saírem. Uma grande e sutil afinidade surge entre ambos e ela chega a ajudá-lo em técnicas para domínio da atenção durante as aulas.
      Diante de tal harmonia e cansado de relacionamentos cheios de sexo e sem compatibilidade pessoal, Gregory propõe a Rose que se casem, para que tenham uma vida feliz e tranqüila, mediante a idéia de que, se não precisaram até então de sexo ou mesmo um beijo para se gostarem, isso também não seria necessário depois. Tudo ocorre bem por alguns meses, no entanto, Rose sente a falta do contato físico, o amor não é só isso, mas para ela (e acredito que para qualquer mulher), é algo que faz parte da vida a necessidade de se sentir desejada; diante disso, ela se insinua e ele, confuso, a rejeita.

       Triste e ferida, Rose se afasta de sua casa conjugal e acreditando que o problema era sua aparência, resolve entrar de cabeça em dietas e demais cuidados com a beleza. Depois de três meses ela reaparece linda e estonteante para Gregory, que mais confuso ainda por tal mudança, acaba ressentindo-a mais uma vez. No fim, quando ele passa dias e dias em crises de raiva e impaciência absoluta com tudo e todos, percebe que só vai ter paz quando trazer Rose para sua vida de novo.
        Por que as duas faces de um espelho? Quando tal objeto reflete algo, quer dizer que há uma imagem real e concreta do que se é, e uma irreal do que se aparenta ser, nessa história, a problemática ocorre por uma diretriz pouco comum, porque Gregory se convence que precisava de Rose, do jeito que ela era e com a aparência simples com que a conheceu, demorou para ele perceber que a aparência pouco importava, uma vez que ela não mudou a essência do que era e do que continuou sendo ...
IMBD

Outras resenhas:
- As duas faces do espelho : Barbara Streisand e Platão com Puccini à mistura
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Observação: Os filmes postados nesta categoria não focam necessariamente o tema da docência; se ele é citado aqui, pode ser que ele tenha simplesmente algo relacionado à profissão do professor (a imagem que se tem de tal profissional, uma metodologia interessante ou mesmo problemas enfrentados no dia-a-dia da escola).