A primeira ameaça veio após 23 anos de magistério. 'Você é muito
abusada. Aqui nesta escola não se manda bater. Se manda matar.' Nádia de
Souza, de 55 anos, sentiu as pernas tremerem e o coração disparar, mas
insistiu. Por cinco meses, apartou brigas entre alunos e ouviu
barbaridades, como a do menino de 13 anos que colocou a mão em formato
de pistola na sua cabeça e disparou a sentença: 'Você aqui não é nada'.
Nádia
é professora por vocação. Formada em Ciências Sociais, História e
pós-graduada em História da África, recebeu prêmios por resultados com
alunos do ensino fundamental de uma escola em Realengo, na zona oeste do
Rio, e de Botafogo, na zona sul, no pé da favela Dona Marta.
Sempre
achou que valia a pena ensinar, apesar das salas superlotadas e do
salário baixo (com horas extras e matrícula em duas escolas, ganha em
torno de R$ 3 mil). Há um ano, depois das ameaças num colégio no Centro,
está em tratamento psiquiátrico. Toma antidepressivos, não sai de casa
sozinha e nunca mais pisou em uma escola. Só de passar por perto tem
taquicardia e falta de ar. 'Eu ando na corda bamba.' O nome científico
para o mal que a aflige é síndrome do estresse pós-traumático, doença
psíquica que começou a ser diagnosticada nos anos 1960 com
ex-combatentes da guerra do Vietnã.
Para ler a reportagem na íntegra, acesse:
http://estadao.br.msn.com/ciencia/viol%C3%AAncia-contra-docentes-deixa-marcas
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